sexta-feira, 19 de novembro de 2010

OVODOAÇÃO

Como ocorre o processo de fertilização entre uma doadora e uma receptora?
R: O processo é de uma Fertilização In Vitro. A doadora deverá passar por um processo de indução da ovulação indicado para o Bebê de Proveta. Paralelamente a receptora recebe hormônios que preparam o endométrio para receber os embriões. Enquanto os óvulos se desenvolvem na doadora, o endométrio da receptora fica mais espesso a cada dia. Quando os óvulos da doadora forem aspirados, parte deles serão encaminhados para a receptora sendo fertilizados com o sêmen do próprio marido. A seguir os embriões são transferidos para cada uma das pacientes.

Quais são as regras para a ovodoação?
Basicamente são 3:
A doação nunca terá caráter lucrativo ou comercial. Não se vende óvulos (nem espermatozóides);
Os doadores não podem conhecer a identidade dos receptores e vice-versa. Obrigatoriamente será mantido o sigilo e o anonimato. A legislação não permite doação entre familiares;
As clínicas especializadas mantêm de forma permanente um registro dos doadores, dados clínicos de caráter geral com as características fenotípicas (semelhança física), exames laboratoriais que comprovem sua saúde física e uma amostra celular. A escolha de doadores baseia-se na semelhança física, imunológica e na máxima compatibilidade entre doador e receptor (tipo sangüíneo etc).

Quem são as mulheres que podem doar óvulos?
R: As doadoras devem ter as seguintes características:
  • a) Menos do que 35 anos de idade;
  • b) Bom nível intelectual;
  • c) Histórico negativo de doenças genéticas transmissíveis;
  • d) Teste negativo para doenças infecciosas sexualmente transmissíveis (hepatite, sífilis, Aids etc) e tipagem sangüínea compatível com a receptora.
Entretanto, as principais fontes de doadoras são:

a) Mulheres férteis, que desejam submeter-se à ligadura tubária, poderão ser incentivadas a aceitar a estimulação ovariana e a doação dos óvulos.

b) Pacientes do programa de Fertilização In Vitro ou Inseminação Artificial com altas respostas ao estímulo ovariano, às vezes, desejam de forma voluntária e anônima doar parte dos óvulos obtidos. São pacientes que não desejam congelar embriões nem óvulos e temem demais uma gestação múltipla.

c) Óvulos congelados provenientes de mulheres submetidas à tratamentos de Fertilização in vitro que engravidaram e tiveram seu(s) filho(s). De alguma forma, o sucesso do tratamento já realizado indica uma boa qualidade destes óvulos. Estas pacientes, quando não desejam ter mais filhos, muitas vezes doam os óvulos excedentes. A chance de gravidez, nestes casos, está entre 25 a 30%. Vale ressaltar que a doação de óvulos é muito mais fácil de ser aceita pela paciente em relação à doação de embriões. Como a chance de gestação com óvulos congelados está cada vez mais próxima à de embriões congelados vale a pena o incentivo para o congelamento de óvulos para mulheres jovens que os produzem em grande quantidade.

d) Doação compartilhada. Nesse caso, a receptora pagaria parte dos custos da paciente, que tem indicação para bebê de proveta (doadora), mas não pode fazê-lo por motivos financeiros. Em troca a receptora recebe metade dos óvulos produzidos pela doadora. Dessa forma, estaremos ajudando duas mulheres e dando a elas o direito de ser mãe. Essa posição pode ser considerada eticamente controvertida, uma vez que a doadora está sendo beneficiada economicamente, embora não esteja recebendo dinheiro para isto.

e) Irmãs, familiares e outras que queiram ajudar a receptora podem ser doadoras desde que, façam uma doação cruzada, isto é, os óvulos do familiar de uma doadora serão doados para uma outra receptora que também terá uma familiar que doará para a primeira receptora "A" tem uma irmã que se chama "X" e a outra paciente receptora "B" tem uma irmã que se chama "Y". Neste caso, a paciente "A" poderá receber óvulos da doadora "Y" e a receptora "B" poderá receber óvulos da doadora "X". Desta maneira, será preservado o anonimato.
f) Doação por generosidade pura: É muito raro. Algumas mulheres de maneira altruística ou já beneficiadas por tratamentos anteriores de Fertilização in vitro, não desejando mais ter filhos e movidas por um sentimento de gratidão, se oferecem para doar seus óvulos sem qualquer benefício.


Pode ser muito estranho pensar na doação de ovulos, como para mim é.
É natural e esquisito pensarmos que alguem terá um filho com nossas caracteristicas, nossa genética e não seremos nós, mas se pensarmos assim, então nossos filhos gerados por doação de semen, terão um 'pai' por aí. E não é bem assim!!

Para realizarmos nosso sonho precisamos que alguem faça uma doação de semen, e se podemos ajudar, porque não proporcionar a outras mulheres que elas também tenham a possibilidade de ter esse mesmo sonho realizado?

 Beijos!!

Gy
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