terça-feira, 23 de novembro de 2010

Preocupações de duas mamães...

Ser mãe!!! Esse é o sonho mais maravilhoso e ao mesmo tempo complexo que uma mulher pode ter! Maravilhoso porque é o nascimento do amor mais puro do mundo, é o elo mais forte e intenso que se cria com uma pessoa; complexo porque é através de você que se formará o caráter, a personalidade e todo dia a dia daquele serzinho. Nasce, nesse momento, alguém que dependerá de você por anos, em todos os sentidos, e que será alguém de personalidade forte ou não, carinhoso ou não, de coração bom ou não e para tudo isso haverá uma dependência direta com a forma como as mães vão educar.

Ser mãe lésbica demanda além de todas as preocupações comuns do dia a dia, uma preocupação maior com relação à maneira com que nossos filhos, os amigos deles e as pessoas em geral vão lidar com o fato deles terem duas mamães.

A sociedade não está acostumada a lidar com o que é “diferente” e isso pode dificultar um pouco o dia a dia dos filhos na escola, com seus amigos, professores e pais de alunos. Precisamos por a mão na consciência e mostrar para todas as pessoas que somos iguais, independente de qualquer ‘diferença’. Isso começa, em primeiro lugar na educação dos professores, dos pais dos alunos e por fim dos alunos em geral. Vamos um dia conseguir fazer com que todos pensem dessa maneira e nesse dia o mundo com certeza estará bem melhor. Um mundo sem preconceitos, onde todas as pessoas serão vistas como ‘iguais’, independente das suas diferenças. 

Nós – mulheres em busca da maternidade – precisamos nos organizar por fases:
1)      Assim que decidimos por sermos mães, precisamos pensar no método que melhor vai nos trazer nosso filho – existem varias possibilidades (existem métodos como IA- inseminação artificial; FIV –fertilização in vitro; IC- inseminação caseira, por doação de amigo; adoção)
2)      Depois que decidimos o método, passamos pelo processo do “positivo-negativo”.
3)      Enfim grávidas. Alem de todas as coisas comuns: como arrumar o quartinho, comprar todas as coisinhas que nosso filho vai precisar, precisamos também pensar já na escolha da escolinha – pois, como sabemos temos que tomar cuidado para ver se a escola vai receber de braço aberto nosso filho.

Quero demais que as coisas amadureçam e que a sociedade perceba que somos um casal, em busca da construção de uma família e que como tal, temos os mesmos direitos e deveres que qualquer outro casal tem. Esse dia vai chegar!!! E vamos lutar por isso no dia a dia, mostrando que somos apenas duas pessoas que se amam e que, através do amor e respeito, buscam pela construção da FAMILIA!!!

Nós queremos dar uma vida maravilhosa para nossos filhos: muito amor; uma educação excelente, tanto em casa, quanto na escola; algumas coisas dependem diretamente dos nossos esforços e da nosso jogo de cintura ; outras coisas dependem da sociedade em que eles são inseridos e é por isso que é fundamental nos preocuparmos com tudo que permeia a cultura do nosso país.

Grupo Entre Laços - Famílias Homoafetivas
Beijos,

8 comentários:

  1. É verdade viu meninas!
    Ainda nem fui para a primeira consulta, mas já temos uma escolinha que escolhemos para o baby.
    É tão importante que a criança cresça com oportunidade de questionar os porquês, de perguntar e conversar sobre todos os assuntos, só assim elas serão capazes de formar sua própria opinião.

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  2. Meninas, eu adorei o blog de vocês, muito bem feito! Adorei o post, concordo com tudo.

    Beijossss

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  3. Pois é meninas, temos que pensar, escolher, decidir... Nós conversamos demais sobre a educação que desejamos dar ao nosso filho e isso inclui certamente a escolha da melhor escola (aliás esse é o tema do meu próximo post).

    Mas agora um particular rss Vocês formam um casal lindo!!! Parabéns!

    Beijocas

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  4. Nossa, eh verdade! Tantas coisas pra pensar!

    Escolinha entao...afe... me da medo pensar!

    BEM VINDAS ao mundo dos blogs e a maternidade! Ja sabe que pode contar com nos tres! E vamos sim combinar de sair em Sampa!

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  5. Obg meninas, pelos comentarios e pelos elogios.

    Temos sempre que discutir assuntos que realmente tem importancia nessa nova jornada que todas estamos passando, ou vamos passar... acho maravilhoso toda essa discução e estamos sempre disponiveis para esses e tantos outros assuntos.

    Beijao

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  6. Olá,meninas!
    Então, a questão da "melhor" escola é sempre complexa. É preciso ver as expectativas da família, os valores que tal família preserva, o que a escola pode contribuir etc.
    No meu ponto de vista, penso que a escola pública ainda merece credibilidade, porque ela agrega valores multiculturai: maior diversidade de classe, gênero e etnias. Ou seja, uma riqueza de convívio fascinante! Há uma maior democracia, uma vez que recebe todo tipo de clientela. Além disso, familiares necessitam investir mais tempo na escola do filho. A educação pública está sedenta por pais que realmente se preocupam com a educação do filho e, assim, pode ajudar no crescimento da escola cujo filho está matriculado. Sempre há uma escola pública que se destaca no bairro. No caso de SP, há uma excelente escola pública na Vila Madalena. Caso queira optar pagar muito pela educação do filho, uma escola que considero mais de vanguarda no quesito dialogar com mais democracia, há o Santa Cruz. Apesar de católica é, ainda, a melhor escola privada de SP porque forma alunos criativos, mais antenados em política, engajados nas questões sociais do país, envolvidos mais na expressão artística...Há aulas de música, teatro etc.
    Mas tudo vem de casa, acredito. Preparar o filho para enfrentar a sociedade com auto-estima, dialogar e sempre ter uma ajuda de um profissional qualificado na área de psicologia, ajudará e muito a nova família brasíleira, dentre tantas que já existem em nosso país. Os novos arranjos familiares estão aí e necessitam ser discutidos dentro e fora da família.
    Mais uma questão: viagens, cultura, informação, hábito de leitura, disciplina e gosto pelos estudos, vêm de casa, assim como educação, respeito com o próximo, limites, caráter, ética...valores que andam se perdendo na contemporaneidade.
    O maior problema hoje é que as famílias esperam somente da escola, terceirizam a educação dos filhos ( e não escrevo apenas dos filhos de escola privada, a pública também está "recheada" de pais ausentes, ou super protetores) e, quando crescem, esquecem dos seus progenitores e viram adultos egocêntricos, uma vez que foram exageradamente mimados na infância e adolescência. Foram educados no consumismo e aprenderam a coisificar inclusive as emoçoes e, claro, o ser humano entra no mesmo jogo.
    Ihhh, eu e minhas divagações...Resultado: palavras e mais palavras. Mania de pesquisadora, so sorry!
    Bjs, garotas!

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  7. Oi florzinhas!!!
    Pois eu parto do seguinte princípio: se eu não devo satisfação alguma do que eu faço com o meu marido entre quatro paredes, não tenho direito algum de pedir satisfação pro outros. Simples!
    Cada um é feliz do jeito que quiser!
    Adorei o blog de vocês! São duas especialistas em FIV!!!!
    Beijinhossss

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