terça-feira, 5 de abril de 2011

Pré-eclâmpsia e Sindrome de Hellp


O que é?
(também conhecida por Toxemia e, quando o quadro é acrescido de convulsão e coma constitui-se a eclâmpsia).
É caracterizada por hipertensão (alta pressão arterial), edema (retenção de líquidos) e proteinúria (presença de proteína na urina). Se manifesta na segunda metade da gravidez (após a 20a semana de gestação) e pode evoluir para convulsão e coma mas essas condições melhoram com a saída do feto e placenta.
No meio médico, o termo preferivelmente usado é MHEG - Moléstia Hipertensiva Específica da Gravidez. O termo toxemia, apesar de consagrado, não é tão fiel, pois nunca se demonstrou a existência de uma toxina que levasse a esta moléstia.
A pré-eclâmpsia pode ser leve ou severa (grave). Porque a pré-eclâmpsia pode severamente restringir a circulação sanguínea para a placenta, o bebê pode ser perigosamente afetado. Se não tratada, a pré-eclâmpsia pode se desenvolver em uma eclâmpsia, o que pode ser ainda mais perigoso tanto para a mãe quanto para o bebê.
A retenção de líquidos ocorre porque a toxêmica tem menor capacidade de excretar sódio e portanto, o retém, mesmo sob dietas hipossódicas.

Quais os riscos?
Em cerca de 10% das gestações há a incidência de moléstia hipertensiva, em sua maioria, na forma de pré-eclampsia. Assim, para cada 1.000 gestações há 100 gestantes com pré-eclâmpsia (a maioria leve) e uma com eclâmpsia.
A ocorrência também fica mais restrita à primeira gravidez e, embora você possa desenvolver a pré-eclâmpsia mesmo que nunca tenha tido problemas de hipertensão antes, você está em maior risco se já tinha problemas de pressão alta antes da gravidez ou se há casos em sua família.

Como prevenir?
A pré-eclâmpsia é relativamente rara e embora não há exatamente como se prevenir, o que você pode fazer é assegurar que está tendo bons cuidados pré-natais para detectar o problema ainda nos primeiros estágios e receber um tratamento. Na verdade, os testes de urina e a medição de sua pressão ao longo da gravidez é para detectar problemas como este.

Como tratar?
O tratamento da pré-eclâmpsia leve resume-se em repouso, de preferência em decúbito lateral esquerdo (acredita-se que essa posição ajuda na circulação sanguínea para o útero e rins) e pouco sal (6g ao dia). Não é aconselhável o uso de diuréticos e hipotensores.
Em muitos casos, a pressão arterial volta ao normal com esse tipo de tratamento clínico. O repouso pode ser em casa em alguns casos mas em outros é necessário que seja no hospital.
Caso a pressão arterial não abaixe é necessário a observação em leito hospitalar com o objetivo de permitir que a gravidez continue até que o feto esteja em condições (maturidade e peso) para ser extraído, constituindo o tratamento obstétrico. Esse se baseia na antecipação do parto, quando próximo ao termo (39 semanas).
Se houver condições obstétricas favoráveis, pode-se induzir o parto, com o descolamento das membranas, a amniotomia e o uso de ocitocina, se necessário, para obter parto por via transpélvica. Caso não haja condições ou resposta adequada à indução, uma cirurgia cesária pode ser utilizada.
O tratamento clínico da pré-eclâmpsia grave é igual ao da eclâmpsia. As pacientes devem estar internadas, fazendo-se uso de anticonvulsivante e medicação antihipertensiva. O tratamento obstétrico é também baseado na antecipação do parto (38a ou 39a semanas) com fórcipe de alívio caso o trabalho de parto esteja presente e avançado ou cesárea, podendo-se utilizar anestesia de condução (a não ser quando as plaquetas estiverem baixas).
Não há evidências de que as mulheres que tiveram pré-eclâmpsia durante a gravidez irão ser hipertensas no futuro, mas se ocorrer hipertensão, será na mesma proporção da população geral e não pela pré-eclâmpsia ou toxemia. Claramente, a pré-eclâmpsia não deve ser subestimada. Se você notar qualquer sintoma de inchaço excessivo e pressão alta, não hesite em comunicar imediatamente o seu médico. Quanto antes diagnosticada, mais efetivo será o tratamento.
Quanto ao recém-nascido, encontra-se altos índices de prematuridade (80%), muitas vezes motivada pela própria antecipação do parto, e em 30% dos casos eles são pequenos para idade gestacional.



A Síndrome HELLP representa uma forma de pré-eclâmpsia grave e é caracterizada por um conjunto de alterações laboratoriais que incluem hemólise, elevação das enzimas hepáticas e trombocitopenia. A causa ainda não está clara para muitos médicos e muitas vezes a síndrome HELLP é subdiagnosticada. Acredita-se que a síndrome HELLP afeta cerca de 2% de todas as gestações.
Essa doença pode levar a insuficiência cardíaca e pulmonar, AVC (acidente vascular cerebral), entre outras complicações.

As gestantes mais sucetíveis a essa doença são as que tem mais de 25 anos de idade, deram a luz anteriormente, apresentam problemas de pressão alta, pré-eclâmpia ou eclampsia, ou já tiveram esses problemas em gestação anteriores.

O nome HELLP significa:
H- hemólise (destruição de glóbulos vermelhos)
EL- elevação das enzimas do fígado ( função hepática )
LP- baixa contagem de plaquetas (plaquetas ajudam na coagulação do sangue )

Os sintomas mais comuns da síndrome HELLP são:
• Dores de cabeça
• Náuseas e vômitos, que continuam a agravar-se (isto também pode se sentir como um caso grave da gripe)
• Dor abdominal ou sensibilidade
• Fadiga ou mal-estar
Uma mulher com HELLP pode experimentar outros sintomas que muitas vezes podem ser atribuídos a outras coisas, como refere a gravidez normal, ou outras condições de gravidez.

Como posso evitar? (Prevenção)
A síndrome de HELLP não pode ser prevenida, mas a detecção precoce aumenta as chances de sobrevivência da mãe e do bebê. Esse é o motivo pelo qual a gestante deve informar o médico imediatamente sobre qualquer convulsão, dor abdominal ou sintomas semelhantes aos da gripe.
Algumas pesquisas anteriores indicam que o uso de uma terapia de baixa dose de aspirina, ou de suplementação de cálcio em mulheres com nutrição inadequada reduziu a incidência de pré-eclâmpsia, e, consequentemente, a incidência de HELLP, mas tais terapias ainda não são consideradas padrão. 

Como a HELLP irá afetar meu bebê?
Seu bebê pode apresentar complicações relacionadas à prematuridade, como a síndrome da angústia respiratória. Ele pode ter que ficar em uma unidade de cuidados intensivos neonatais, onde poderá ser monitorizado atentamente à medida que continua a se desenvolver. A HELLP tem menos probabilidade de prejudicar o feto se você estiver perto de 37 semanas e os resultados laboratoriais estiverem próximos do normal. Se houver descolamento prematuro da placenta, o bebê está com falta de oxigênio e pode sofrer de asfixia.

 


2 comentários:

  1. Eu ja tive help sindrome grave e estou gravida de 1 Mês estou desesperada.

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  2. Olá! Gostaria de saber como está indo sua gestação.

    Esperamos que tudo esteja correndo bem!

    Abraços

    Gy

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